Descobrindo do Brasil.

Aos amigos da Rede Liberdade.

Há muitos anos atrás, bem antes da honestidade surgir no governo da Bahia, que era tocado naquela época pelo senhor de engenho Antônio Carlos. O muxiba teve uma idéia brilhante. Ele deu a incumbência a alguns malucos belezas que estavam alocados na secretária de planejamento para que eles redescobrissem Porto Seguro, antes invadida pela trupe de Cabral que se fartou com as índias.

Para fazer o povo chegar a cidade foi preciso derrubar matas virgens e colocar tratores para abrir estradas. Era a tentativa de transformar a região em um novo pólo turístico na Bahia. O governo também mandou fazer um aeroporto. O dinheiro não era o problema já que não era dele. Estava criado o caminho para os Magalhães poderem descer de avião e chegar bem mais perto das nativas.

E para onde esse pessoal iria? Aqueles que não fossem dos Magalhães. E foi com esse questionamento em sua sala no Palácio da Aclamação que o velho cacique do chicote na mão, mandou construir um belo hotel. E decretou que ele se chamaria Vela Branca. Dizem o povo daqueles tempos que foi em sua própria homenagem. A cabeça branca.

Os empresários do estado não acreditavam que aquilo ali fosse dar certo. E como se sabe esse tipo de gente, só entra no mercado quando o governo coloca o dinheiro do povo. Eles só chegam para se locupletar. Ficaram só espiando, na espreita para assumir depois de pronto. Com o dinheiro do povo, muito “cabra safado” enricou na Bahia.

Ai, aquele povo da capital que vivia nas salas planejando a Bahia, chegou a Porto Seguro. Era uma tarde de sol escaldante. Daquelas que “desunera” o juízo. E deixa feito gema de ovo passada no tempo. E o calar estava insuportável. Foi que alguém muito inteligente. E tinha que ser um homem. Convocou a todos para sair a cata do local onde Seu Cabral tinha aportado seus barcos naquelas terras brasilis. Sobe serra, desce ladeira. Olha pro mar, olha pra terra. E nada de chegarem a um consenso.

Já se tinha passado alguns dias da busca pelo local exato para se colocar a, atualmente conhecida, Cruz de Cabrália. E como, nem índios, nem índias, nem brancos, nem pretos, nem mulatos ou sararas souberam informar o local. E ninguém sabia dizer onde teria sido rezada a primeira missa. Aquele povo buscou muito o lugar exato, mas não encontraram nem uma pista e nem ninguém da época que pudesse mostrar. Ai, uma bela garota que estava naquele grupo resolveu solucionar o problema. Já que os homens nada conseguiram. Ela juntou a todos em frente do hotel e feito Dom Pedro I as margens do Ipiranga, deu o seu grito:

– Coloquem logo essa cruz ai e tratem todos vocês, de ir dar uma meia hora de rabo, que é o melhor que vocês fazem.

E foi assim que foi fincado em solo baiano, mais precisamente na cidade de Porto Seguro, o chamado marco histórico. Hoje visitado por milhares de turistas que tiram fotos, fazem posse e saem falando que estiveram no local onde Cabral pisou pela primeira vez em solo brasileiro.

E foi assim que aquele povo da capital redescobriu o Brasil! Todos foram dar a meia hora em noite de lua cheia.

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