A ditadura das minorias.

Cotas, quite gay, reserva, as minorias em evidência.

Já faz algum tempo que “cota”, virou sinônimo de “gente” que tem um “papo cabeça”. Tudo isso vem acontecendo depois que o governo federal resolveu, corretamente, criar reserva de vagas para alunos negros em instituições públicas ou privadas para aqueles que vêm de classes sociais mais pobres.

Desde o início eu ouço pessoas que defendem essa forma de agregar a sociedade, usando bons argumentos para justificar que o governo está no caminho certo. Mas do outro lado, aqueles que são contra também usam argumentos, que se você não estiver bem alinhado com a questão social, concordará com eles. Dentre essas pessoas eu tenho amigos negros que discordam das cotas, por acharem que isso pode levar a um enfrentamento racial em um curto espaço de tempo. Para esses isso poderá acontecer porque, se negros tem direito a cotas, os outros seguimentos também terão que ter o mesmo direito, já que a constituição garante que o estado deve “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. E é ai que aparece a pergunta: cotas seria uma discriminação contra os outros?

O Partido dos Trabalhadores foi o primeiro a garantir em seu estatuto o direito às mulheres de terem um percentual em números dos candidatos a cargos eletivos. Posteriormente este direito foi garantido às mulheres em todos os partidos pelo Tribunal Superior Eleitoral. E agora é lei.

Estes direitos estão sendo garantidos as chamadas “minorias”. São aquelas que identificam grupos sociais ou que não tiveram ao longo dos tempos, ascensão social, por terem sido relegadas ou mesmo discriminadas. Dentre estes grupos estão os homossexuais. Uma minoria que atualmente vem tendo seus direitos, com justiça, garantidos. O último ato foi quando o Superior Tribunal Federal Brasileiro garantiu a união homoafetiva. Convivência e direitos entre as pessoas do mesmo sexo.

Esta semana o assunto foi à chamada “cartilha gay” que está sendo elaborada pelo Ministério da Educação e que se aprovada a sua distribuição pelo governo será encaminhada a todas as escolas públicas para servir de orientação aos professores que, se acharem conveniente, deverão levar o assunto as salas de aulas. O quite é composto também de vídeos educativos sobre o assunto. Tudo estaria dentro da normalidade da educação social, se dentro da cartilha também estivesse contido, além da orientação contra a homofobia (Que tem medo dos que são iguais a si), estivesse também a heterossexual (aquele que sente atração por indivíduos de sexo diferente do dele). Simplificando; relação entre homem e mulher.

Se a cartilha, que vem em boa hora, tem a informação de que é normal a convivência entre garotos e garotos, garotas e garotas, porque a ausência da informação para crianças e jovens de que a sexualidade é normal em todos os sentidos?

O governo poderia ter passado sem mais essa celeuma se no MEC alguém tivesse parado para questionar essa ausência.

Esses podem ser considerados argumentos retrógados, mas eu prefiro ser chamado assim do que ir na onda, de que basta ser minoria para ter qualquer direito, inclusive o de suprimir outras informações.

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