Bassuma critica ausência do governo baiano no debate sobre usinas nucleares.

A ausência de representantes do governo baiano na audiência pública realizada nesta quinta-feira (6) pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados para debater a instalação de usinas nucleares no Nordeste foi motivo de críticas pelos organizadores do evento, do qual participaram parlamentares e representantes de ONGs, da estatal Eletronuclear e do governo federal.

“A instalação de novas usinas nucleares está longe de ser um consenso e não pode ser implementada sem que haja um debate amplo envolvendo todos os setores da sociedade. Daí porque lamentamos a intenção do governo Wagner de querer levar para nosso estado uma opção energética que é cara, perigosa e - pior de tudo – sem solução para o lixo radioativo que pode contaminar o meio ambiente e as pessoas”, explicou o deputado federal Luiz Bassuma, pré-candidato ao governo da Bahia pelo Partido Verde.

Um dos autores do requerimento da audiência, juntamente com o deputado federal Edson Duarte, pré-candidatos ao Senado baiano pelo Partido Verde, Bassuma lamentou profundamente a ausência do governador Wagner ou seu representante no debate, uma vez que o atual governo baiano está pleiteando construir uma das seis novas usinas nucleares que o governo federal pretende implantar.

Bassuma defende que, para atender a demanda de energia deve-se em primeiro lugar investir em fontes alternativas, que são muito mais baratas, não agridem o meio ambiente e não apresentam risco para a população como as energias eólica e a solar. A Bahia, segundo ele, é uma terra abençoada pela natureza porque possui correntes permanentes de ventos para a produção da energia eólica e tem sol durante o ano inteiro. “Esse é o caminho que os países avançados começam a percorrer em razão de ser uma fonte energética sustentável e renovável”, opinou.

O pré-candidato do PV ao governo baiano salientou ainda que “é preciso ter transparência neste debate para que a sociedade possa ter condições de avaliar se é mesmo necessário o país optar pela expansão da energia nuclear”. E foi enfático em afirmar que “mais do que investir nesse tipo de energia, o país deve se preocupar com investir mais em educação, condição fundamental para que o Brasil possa ser uma potência mundial”.

Da Assessoria.


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