Pesquisas mostram acerto de políticas afirmativas do Brasil.

Pesquisas divulgadas na última semana mostram que, apesar dos avanços obtidos na década passada, os segmentos de negros e mulheres continuam a ser os mais vulneráveis da população brasileira, com pouco acesso à escolarização e baixas oportunidades no mercado de trabalho. Para a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir/PR), a persistência das disparidades mostra o acerto do governo brasileiro em criar políticas afirmativas, para a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária no país.

O estudo Síntese de Indicadores Sociais, divulgado na sexta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que, de 1998 a 2008, mais que dobrou o número de negros e pardos com ensino superior concluído no país. Mesmo assim, continua muito abaixo da média da população branca. Segundo a pesquisa, apenas 4,7% de negros e pardos tinham diploma de nível superior em 2008, ante 2,2% dez anos antes. Já na população branca, 14,3% tinham terminado a universidade em 2008. Dez anos antes, 9,7% dessa parcela de pessoas tinham nível superior. Entre o 1% com o maior rendimento familiar per capita na população brasileira, apenas 15% eram pretos ou pardos.

Com relação às mulheres, em dez anos, a participação delas no mercado de trabalho cresceu de 42,0% para 47,2%. E diminuiu de 11,5% para 6,4% o percentual de meninas de 10 a 15 anos que trabalham. No entanto, 136 mil mulheres ainda trabalhavam como empregadas domésticas em 2008. O percentual de mulheres jovens e de idosas que trabalham no Brasil é superior a países europeus.

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