Desigualdade cai e mais brasileiros conquistam emprego formal, casa própria e acesso à internet.


Vários avanços em habitação, trabalho, educação, acesso a serviços e queda na concentração de renda foram registrados em 2008 com relação ao ano anterior. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aumentou a formalização e o rendimento de trabalhadores, além do percentual de casas próprias. Mais domicílios brasileiros têm rede de esgoto, telefone e acesso à internet e o índice de Gini - que mede concentração de renda - caiu com relação aos rendimentos dos domicílios e dos trabalhadores.

Em 2008, o contingente de trabalhadores foi 2,8% maior do que o de 2007 e totalizou 92,4 milhões de pessoas. O impulso veio do setor de construção civil, com crescimento de 14,1% e geração de 900 mil novos postos de trabalho em todo o país. A formalização também foi destaque, com ampliação do percentual de empregados com carteira assinada, de 33,1% dos ocupados em 2007 para 34,5% em 2008, um acréscimo de 2,1 milhões de pessoas. Com isso, houve crescimento de 5,9% entre os contribuintes da Previdência.

A escolaridade dos trabalhadores também melhorou. O contingente de ocupados com 11 anos ou mais de estudo passou de 39%, em 2007, para 41,2%, em 2008. Como reflexo do movimento no mercado de trabalho, o rendimento dos trabalhadores cresceu 1,7%. O rendimento médio mensal real dos domicílios foi de R$ 1.968, ganho de 2,8% em relação ao de 2007, de R$ 1.915. O índice de Gini, que mede a concentração de renda, caiu tanto para o rendimento do trabalhador (de 0,528 para 0,521) quanto para o domiciliar (de 0,521 para 0,515).

Pnad - A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2008 investigou 391.868 pessoas em 150.591 domicílios por todo o país a respeito de sete temas: dados gerais da população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimento. A Pnad é realizada anualmente e funciona como um retrato da situação socioeconômica do Brasil. A pesquisa completa está disponível no site www.ibge.gov.br.

Nenhum comentário: