Campanha pela internet.


Entre os pontos consensuais definidos pelos deputados de todas as legendas está a liberação do uso da internet durante a campanha. No pleito passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) restringiu o uso da rede, obrigando os políticos a manterem uma página exclusiva para a candidatura.
Para o cientista político e analista do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos (Ibep), João Castro Neves, a decisão do TSE representou um retrocesso na dinâmica eleitoral. "A campanha na internet pode ajudar, inclusive, na questão do financiamento, que passaria a ser mais transparente e democrático porque, mais adiante, poderia ser possível que qualquer pessoa fizesse doações, o que daria uma melhor dinâmica ao processo", avalia.

A polêmica proposta do financiamento público ficará para depois. "As doações aos candidatos devem continuar do jeito que estão. Não há tempo hábil para discutir o assunto nem consenso para incluir essa pauta para que ela vigore já no próximo ano", afirma o deputado José Carlos Aleluia (DEM).
A situação é criticada pelo deputado João Almeida (PSDB). Para ele, o projeto que será aprovado na Câmara é apenas "perfumaria": "Não existe nada que vá mudar substancialmente o regime eleitoral". O cientista político João Castro Neves vai além, afirmando que os deputados fazem muito barulho, mas na hora H quase nada é aprovado. "As leis atuais são falhas e existem muitas brechas, mas quando os parlamentares têm de agir para mudar a situação, não fazem nada", constata.
Do Jornal da Metrópole.

Nenhum comentário: