Que os olhos não tivessem visto o que viram

Assim meu coração não sofreria tanto.

NA ESCURIDÃO DA NOITE

Às vezes você encontra alguém e se apaixona
Isto parece ser só o começo.
Outras tantas a paixão vira amor
E você acredita que encontrou a felicidade.
Mas um dia, quando você mais está feliz
Vem a noite com sua escuridão
E o que você descobre?
Que aquele seu amor encontrou outro amor.
Pergunto-me,
Como devo me comportar?
Se há amor!
Que o novo amor dela sobreviva
E que o meu encontre o caminho.

AOS POETAS CLÁSSICOS

Patativa do Assaré
Poetas niversitário,
Poetas de Cademia,
De rico vocabularo
Cheio de mitologia;
Se a gente canta o que pensa,
Eu quero pedir licença,
Pois mesmo sem português
Neste livrinho apresento
O prazê e o sofrimento
De um poeta camponês.

Eu nasci aqui no mato,
Vivi sempre a trabaiá,
Neste meu pobre recato,
Eu não pude estudá.
No verdô de minha idade,
Só tive a felicidade
De dá um pequeno insaio
In dois livro do iscritô,
O famoso professô
Filisberto de Carvaio.

No premêro livro havia
Belas figuras na capa,
E no começo se lia:
A pá — O dedo do Papa,
Papa, pia, dedo, dado,
Pua, o pote de melado,
Dá-me o dado, a fera é má
E tantas coisa bonita,
Qui o meu coração parpita
Quando eu pego a rescordá.

Foi os livro de valô
Mais maió que vi no mundo,
Apenas daquele autô
Li o premêro e o segundo;
Mas, porém, esta leitura,
Me tirô da treva escura,
Mostrando o caminho certo,
Bastante me protegeu;
Eu juro que Jesus deu
Sarvação a Filisberto.

Depois que os dois livro eu li,
Fiquei me sintindo bem,
E ôtras coisinha aprendi
Sem tê lição de ninguém.
Na minha pobre linguage,
A minha lira servage
Canto o que minha arma sente
E o meu coração incerra,
As coisa de minha terra
E a vida de minha gente.

Poeta niversitaro,
Poeta de cademia,
De rico vocabularo
Cheio de mitologia,
Tarvez este meu livrinho
Não vá recebê carinho,
Nem lugio e nem istima,
Mas garanto sê fié
E não istruí papé
Com poesia sem rima.

Cheio de rima e sintindo
Quero iscrevê meu volume,
Pra não ficá parecido
Com a fulô sem perfume;
A poesia sem rima,
Bastante me disanima
E alegria não me dá;
Não tem sabô a leitura,
Parece uma noite iscura
Sem istrela e sem luá.

Se um dotô me perguntá
Se o verso sem rima presta,
Calado eu não vou ficá,
A minha resposta é esta:
— Sem a rima, a poesia
Perde arguma simpatia
E uma parte do primô;
Não merece munta parma,
É como o corpo sem arma
E o coração sem amô.

Meu caro amigo poeta,
Qui faz poesia branca,
Não me chame de pateta
Por esta opinião franca.
Nasci entre a natureza,
Sempre adorando as beleza
Das obra do Criadô,
Uvindo o vento na serva
E vendo no campo a reva
Pintadinha de fulô.

Sou um caboco rocêro,
Sem letra e sem istrução;
O meu verso tem o chêro
Da poêra do sertão;
Vivo nesta solidade
Bem destante da cidade
Onde a ciença guverna.
Tudo meu é naturá,
Não sou capaz de gostá
Da poesia moderna.

Dêste jeito Deus me quis
E assim eu me sinto bem;
Me considero feliz
Sem nunca invejá quem tem
Profundo conhecimento.
Ou ligêro como o vento
Ou divagá como a lêsma,
Tudo sofre a mesma prova,
Vai batê na fria cova;
Esta vida é sempre a mesma.

GLOBO QUER DERRUBAR LULA

Quando é aliado do governo, Jornal Nacional denuncia. Quando é tucano, silencia.
Em sua edição de ontem, o Jornal Nacional mostrou que a polícia de Pernambuco agrediu até a morte um jovem de 13 anos. Um crime bárbaro.
Semelhante a outro, em que um jovem de 15 anos foi violentamente morto pela polícia, em Bauru, São Paulo. Este ainda foi mais cruel, porque a família teve que aguardar na sala, enquanto o jovem era torturado e morto no quarto.
O assassinato de Pernambuco – governado por um aliado do presidente Lula – o JN mostrou.
O de São Paulo – governado pelo tucano José Serra, apoiado pela mídia – não. Quem vê o Brasil e o mundo pela tela do JN não ficou sabendo do que aconteceu.
O mesmo já acontecera com o caso da menina que ficou presa numa cela do Pará – governado pela petista Ana Júlia. Todo dia o caso estava no JN. O do jovem de Bauru – que ontem completou um mês – nada.
E ainda há quem diga que a mídia é isenta, que o problema é de incompetência.
Peralá, é uma incompetência muito seletiva, não?
E você, o que acha?
*PS: Do Blog do Mello.

Emiliano José assume a presidência do Conselho Estadual de Cultura da Bahia



O jornalista, escritor e professor universitário Emiliano José foi eleito presidente do Conselho Estadual de Cultura (CEC). Escolhido por unanimidade pelos conselheiros, terá como vice o professor Albino Rubim, coordenador do Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura da Faculdade de Comunicação da Ufba. “Precisamos, em pouco tempo, dar ao Conselho as condições de ser um ator efetivo na condução da política cultural do Estado. Temos de ser capazes, com a nossa diversidade, de contribuir decisivamente para este novo momento político que tem um grande impacto no cenário cultural”, afirmou o novo presidente. Após a eleição, os membros do Conselho discutiram a elaboração de um novo regimento e a atuação das quatro Câmaras que compõem o CEC (de Articulação e Integração; de Políticas Sócio-Culturais; de Produção Cultural Contemporânea e de Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Paisagístico). “O que queremos construir passa por uma relação nova do Conselho com a Secretaria de Cultura e com a sociedade”, afirmou Albino Rubim, defendendo a intensificação das discussões e do diálogo sobre as políticas culturais. A eleição para a presidência do Conselho de Cultura quarta-feira (09). Uma das principais funções do CEC é contribuir para o desenvolvimento da política estadual de cultura. Entre as competências também estão a de propor medidas para estímulo, valorização da cultura e proteção dos bens culturais baianos, além de opinar sobre tombamento e restauração de imóveis, entre outros temas. O Conselho de Cultura foi empossado pelo Governador Jaques Wagner na abertura da II Conferência Estadual de Cultura (25 de outubro), após aprovação pela Assembléia Legislativa. Os representantes fazem parte da sociedade civil e atuam em diversas áreas como cultura indígena, culturas populares, políticas culturais, literatura, teatro, artes visuais, música, audiovisual, dança, arquitetura, cultura negra, cultura digital, entre outras. A escolha dos conselheiros foi realizada partir de uma escuta pública a mais de 30 instituições, incluindo universidades, sindicatos, associações profissionais e instituições de notório saber. Pela primeira vez o Conselho conta com representação do interior, com 20% de sua formação de pessoas que residem ou trabalham no interior do Estado.
Quem é Emiliano José?
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela UFBA (1999), Emiliano José da Silva Filho é professor licenciado da Faculdade de Comunicação (FACOM) desta mesma Universidade. Já foi vice-presidente do PT da Bahia, exerceu a presidência em 2005 e faz parte do Diretório Nacional (2006). Foi deputado estadual (1988/1989) pelo PMDB e pelo PT (2003-2006), e vereador da cidade de Salvador (2001-2002, PT). Quando na Assembléia, foi presidente da Comissão Especial para Assuntos da Comunidade Afro Descendente – CECAD, onde iniciou uma longa trajetória de lutas pelas causa negra. Integrou a assessoria política do ministro Waldir Pires, quando este exerceu seu mais recente mandato de deputado federal pelo PT baiano.
É escritor, tendo lançado os seguintes livros: Lamarca, o Capitão da Guerrilha (Global Editora, 1980), em parceria com o jornalista Oldack de Miranda, atualmente (2006) na 17ª edição; Narciso no Fundo das Galés - Combate Político através da Imprensa (Editexto, 1992), Imprensa e Poder: Ligações Perigosas (Edufba/Hucitec, 1995), Marighella – o Inimigo Número Um da Ditadura Militar (Editora Sol & Chuva/Casa Amarela, 1997), na 2º edição; Galeria F – Lembranças do Mar Cinzento (Editora Casa Amarela 2000); As Asas Invisíveis do Padre Renzo (Editora Casa Amarela). Esta última obra foi traduzida para o italiano pela Editora San Paolo, com o título Don Renzo Rossi: un prete fiorentino nelle carceri del Brasile e lançada em 2003 na Itália pelo governo da Província de Firenze. Em 2003 publicou Galeria F, Lembranças do Mar Cinzento - Parte II (Editora Casa Amarela). Está escrevendo, Galeria F, Lembranças do Mar Cinzento - Parte III, cujos capítulos estão sendo disponibilizados em seu site pessoal na Internet.
*PS: Do Site Bahia de Fato.

A VERDADE É DE QUEM?


A pergunta a ser feita é: Quem leu a entrevista de Zé Dirceu na revista Piauì? Se a leu, o que poderia dizer sobre o fato em questão! O PIG (Partido da Imprensa Golpista) afirma que ele teria dito que houve utilização de caixa dois para a construção da sede do PT no Rio Grande do Sul. Agora o Zé diz que não foi isto que falou e não é isto que está escrito. Alguém ai pode me dizer onde encontro esta entrevista para poder saber quem está falando a verdade? Antes de afirmar quem está com a verdade é bom lermos a entrevista para não condenar nem um dos dóis lados.